domingo, 16 de fevereiro de 2014

Sobre uma Fênix


Então aqui estou eu novamente, a fênix que costumava voar por ai em busca de algo que não sabia o que era ao certo, mas que aparentemente falhou em sua missão. A fênix que havia morrido, virado simplesmente cinzas, mas que das cinzas se reergueu e se fez uma nova fênix, porque assim é o ciclo de nós que somos fênix, nascemos, vivemos e as vezes temos que morrer.

Onde estás pássaro azul? Creio que tenha voado para bem longe, pois seu destino era outro, e já era hora de ir cuidar de suas flores, assim como eu cuido das minhas agora. Mas porque voaste tão de repente? Deixa, já não é mais essa a questão, mas posso dizer que amadureci depois que o pássaro azul partiu, e disso eu não me arrependo.

Estou aqui e sinto a brisa de cada dia passando nas minhas asas de fênix e me fazendo voar livremente. Às vezes minhas asas são atingidas por alguma pedra que vem com a corrente de ar e com isso me desequilibro, mas não me resumo ao pó, ah espero que nunca mais.
Às vezes tenho medo de voar, tenho medo do desconhecido, pois como já disse a eles não sou daqui, nunca fui, mas se eu não me adapto volto a ser simplesmente fuligem. Mas apesar de tudo gosto do que tenho vivido, e eu não mudaria nenhuma linha dessa estória.

Tenho mergulhado em algo mais profundo e com isso tenho desvendado sensações raras. Sensações essas que me fazem sentir tão viva e tão diferente que não hesito em vivê-las; apenas estou tentando as fazer valerem a pena ter vivido.

Encontrei outra fênix perdida no caminho para casa, ela me parecia ser tão distinta de mim, mas por fim descobri que éramos duas fênix perdidas, faces da mesma moeda. E de alguma forma eu me senti correspondida pelo sorriso dela que parecia ser apenas uma fênix comum, mas que foi a única fênix que tinha a perspectiva que a maioria dos outros diversos pássaros não tinham.

Agora a Fênix Cinza voa para perto de mim, e por vezes voamos juntas pela imensidão do céu não nos importando se os outros pássaros querem que a gente voe ou não, apenas voamos e somos livres voando pelas tardes. Óh Fênix Cinza, não quero que voes para longe de mim jamais, mas se um dia tiver que partir para cuidar de suas rosas, por favor, me diga que não foi tudo um sonho de verão.

0 comentários:

Postar um comentário